Gustavo Kuerten (1976) é um ex-tenista brasileiro que conquistou os corações dos fãs ao redor do mundo com sua personalidade carismática e feitos nas quadras verdes. Vencedor de três torneios de Roland Garros, ele se tornou o segundo brasileiro a ser incluído no Hall da Fama do Tênis, sendo a lendária Maria Esther Bueno uma das ganhadoras anteriores deste prestigiado prêmio.
- Há exatos 20 anos, Gustavo Kuerten iniciava a jornada de promissor tenista de Florianópolis ao reconhecimento mundial.
- Em 8 de junho de 1997, seu desempenho impecável contra o espanhol Sergi Bruguera fez dele o primeiro jogador não-campeão a vencer o Aberto da França, levando o Brasil a olhar para o tênis de uma perspectiva diferente. A vitória surpresa gerou uma onda de entusiasmo e orgulho nacional, à medida que a personalidade carismática e o estilo de jogo pouco convencional de Kuerten conquistaram os corações dos fãs de tênis em todo o mundo.
- Chegando a Paris na 66ª colocação, Guga, como era carinhosamente conhecido, desafiou as probabilidades e atravessou o prestigiado torneio, derrotando diversos adversários de alto escalão. Com seus longos cabelos cacheados e sorriso contagiante, a sensação de 20 anos cativou o público, deixando para trás Slava Dosedel, Jonas Björkman, Thomas Muster, Andrei Medvedev, Yevgeny Kafelnikov e Filippo Volandri. Seu triunfo no saibro em Roland Garros marcou um momento importante na história do esporte brasileiro, enquanto o país comemorava o surgimento de um novo ícone do tênis.
- Nesse dia reunimo-nos com algumas das figuras responsáveis por este momento. Relembre-os, bem como alguns detalhes dessa conquista histórica, pois a vitória de Gustavo Kuerten não só marcou um detalhe importante na história do tênis, mas também deixou uma grande marca de trabalho nos corações e mentes de todos que assistiram ao seu maravilhoso jogo.
- Esta foi a terceira vez que Guga competiu como profissional no torneio Grand Slam do Aberto da França. Em 1995, ele nem passou pela qualificação. No ano seguinte, entrou no sorteio principal, mas perdeu na primeira rodada para o sul-africano Wayne Ferreira em dois sets.
- Depois de um início de ano emocionante, Guga rumou para um autódromo na Europa e descobriu que as coisas não estavam saindo como planejado. Lutando contra a autoconfiança, mudou de planos e foi para Curitiba, onde venceu uma prova desafiadora antes de sua jornada histórica. Mas o dinheiro que ganhou anteriormente não permitia extravagâncias.
- O local desta disputa foi o hotel “Montblanc”, estabelecimento de duas estrelas localizado no Boulevard Victor Hugo. A diária não passava de US$ 70, aproximadamente a 3 quilômetros dos locais de competição. Lá, Guga era o único tenista.
- Nos últimos 20 anos, o hotel foi renovado e renomeado como Hotel Port de Versailles, ganhando agora uma estrela adicional. Os proprietários do hotel nunca poderiam imaginar que receberiam o futuro campeão do Aberto da França, um homem que se tornaria uma lenda em Paris. O mesmo aconteceu com os donos do restaurante que Guga frequentava com frequência naquela época.
- Todas as noites, ele e seu treinador, Larry Passos, caminhavam quatro quarteirões para saborear uma massa, a comida preferida do tenista, em um pequeno restaurante italiano com um nome apropriado: “Victoria Pizzeria”. Este local despretensioso, a uma curta distância das prestigiosas quadras de Roland Garros, tornou-se um lar longe de casa para Guga durante suas primeiras campanhas no Grand Slam. Os proprietários provavelmente não tinham ideia da grandeza futura que se desenrolaria em seu modesto estabelecimento.
- Gustavo Kuerten está associado à sua vitória no Aberto da França em 1997. Este ano ele conquistou seu primeiro título de Grand Slam, tornando-se um vencedor da reviravolta.